A reação do mercado de seminovos ganhou fôlego no início deste ano no país.


As vendas de automóveis usados na Bahia cresceram 8,8% em janeiro de 2015, em comparação com o ano passado, segundo dados da Fenauto (Federação Nacional das Revendedores de Veículos Automotores). O setor segue tendência contrária a dos veículos novos, que fecharam janeiro com queda de 18,8% em vendas.
Segundo o presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos, os resultados do primeiro mês de janeiro confirmam a recuperação dos seminovos, que devem voltar aos patamares de vendas de 2008. Até este ano, a cada carro zero quilômetro vendido, cinco carros usados eram comercializados. Atualmente, este número é de 3,7 seminovos para cada zero quilômetro. 
"Está cada vez mais provado que comprar um seminovo é mais negócio do que comprar um zero. O consumidor bem informado não compra sem antes pesquisar, aí ele começa a ver que o seminovo é mais vantajoso", afirma Santos.
Janeiro repetiu os bons resultados de 2014 no Brasil. O Nordeste foi a região do país que teve maior crescimento nas vendas de seminovos, com 13,2%. "É preciso também dar mais atenção ao interior, que está crescendo. Os lojistas têm quer ficar espertos e montar filiais", afirma Ilídio dos Santos.
Garantia
Um veículo usado pode ficar até 25% mais barato do que um novo, de acordo com a Fenauto. Além disso, ainda é possível encontrar seminovos com garantia de fábrica somada à garantia da concessionária.
Levar o veículo para um mecânico de confiança ou contratar uma empresa especializada em avaliações pode deixar o consumidor mais tranquilo, indica a Fenauto. Além disso, por lei, os vendedores são responsáveis por defeitos surgidos em até 90 dias. 
Na concessionária Sanave, em Salvador, janeiro também fechou com crescimento. Foram 115 veículos no mês, contra 109 no ano passado. Para o supervisor de seminovos, Laelson Lima, é um bom resultado para um mês geralmente fraco.
"Os novos ainda têm muita procura, mas hoje o consumidor, principalmente aqueles que estão buscando o primeiro carro, optam pelo seminovo. O que mais atrai é o preço", diz Lima.
Um dos consumidores que procuram o primeiro carro, o educador Anderson Maciel definiu um preço para a compra: R$ 20 mil. Com esse valor em mente decidiu ir em busca de um carro usado. "No meu primeiro carro espero conseguir aliar qualidade, conservação e preço", afirma Maciel.
Para o proprietário da Abaide Automóveis, Valter Abaide, um seminovo é atrativo por proporcionar veículos mais seguros e mais equipados por menores preços. "Os clientes estão a cada dia mais informados e isso aumenta a procura por seminovos. Um seminovo com até 40 mil quilômetros tem quase a mesma confiabilidade de um zero", diz. 

Fonte: http://atarde.uol.com.br

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