A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) está afetando diretamente o preço dos carros que já saíram da concessionária. O governo federal concedeu o benefício do tributo em 21 de maio, entretanto, a presidente Dilma Rousseff prorrogou, no fim de outubro, a redução do imposto para 31 de dezembro. "Como está mais barato comprar um veículo zero, a demanda pelos automóveis usados diminui, e o preço também", explica o sócio da Praxis Education, Maurício Galhardo.
A desvalorização, portanto, é ótima para quem tem interesse em adquirir um seminovo e, mais ainda, um usado. O vendedor da loja Sandrecar, em Santo André, Adelino Domeneghetti explica que um Fiesta 2010 (1.0 e completo) custava R$ 23,4 mil há seis meses - hoje o mesmo carro é vendido por R$ 20 mil. O supervisor de usados da concessionária Savol, na mesma cidade, Alex Galeno, contabilizou que um Gol Geração 5, fabricado em 2009, que era vendido por R$ 24 mil, é negociado por R$ 22 mil. Um Polo hatch 2008, que antes tinha custo de R$ 30 mil, é comercializado por R$ 25 mil.
O que também pode favorecer quem quer negociar a compra de veículo nos últimos meses do ano - independentemente de quando foi fabricado - são as promoções de fim de ano. "Esse é o período em que são determinadas metas mais duras aos vendedores", comenta Galhardo.
O consultor de negócios da Osten, de Santo André, Ulisses Cavassana, comenta que, para alavancar as vendas, alguns clientes saem com o carro da loja com duas parcelas do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) já quitadas. Cavassana lembra que o imposto é pago de acordo com o ano de fabricação do bem. Portanto, quem compra automóvel modelo 2011, mas fabricado em 2010, terá mais vantagens em relação ao produzido em 2011. "O imposto chega a ser 10% mais barato, mas os dois terão o mesmo valor de mercado na hora da venda", explica.
ORIENTAÇÃO - O professor de Economia Samy Dana, da FGV (Fundação Getulio Vargas) orienta comprar carros com até dois anos de uso, no máximo. "Ainda é um veículo novo", explica. Também é impreterível contabilizar os gastos que acompanharão o automóvel, além da prestação mensal. Um carro de R$ 25 mil, por exemplo, irá gerar R$ 10 mil a mais de custos ao longo de um ano (veja arte ao lado). Dana orienta ter pelo menos 30% do valor do carro para pagar de entrada e ainda pesquisar, no mínimo, em quatro concessionárias distintas o preço do bem procurado. Além disso, é importante contabilizar o custo total com a incidência dos juros da prestação. Quem financia R$ 20 mil em 60 meses, a uma taxa mensal de 2%, irá desembolsar R$ 34,5 mil.

Fonte: /www.dgabc.com.br

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